A nossa freguesia é gerida actualmente pelo Sr. António Francisco dos Santos Rocha e tem como Presidente da Assembleia o Sr. Américo Costa Gomes.
Arcozelo deriva de arcu-cellus, correspondente a pequeno arco. Esta freguesia localiza-se na margem norte do rio Cávado, tem acesso pela EN 306, que liga Barcelos a Ponte de Lima.
A freguesia de Arcozelo está confinada a nordeste pela sede do concelho, fazendo parte integrante da própria cidade de Barcelos, por força do seu crescimento na última década. O seu território é de mediana extensão, alonga-se para norte, ocupando um belo trecho do vale do Tamel, enquadrado pelos ribeiros de Crujes e do Lombão, dois dos braços que, unindo-se formam o rio Tamel, que antigamente se denominava de Fontelo. Este curso fluvial é afluente da margem norte do rio Cávado.
Arcozelo é topónimo que deverá estar em estreita relação com o arco pétreo de uma antiga ponte (a actual de Arcozelo é recente, mas bem poderá ter sido uma antecessora, podendo ainda relacionar-se com esta hipótese o lugar de "pontes").
Nas "inquirições" de 1220, esta freguesia surge designada "de santo Mamede de Arcozelo", fazendo parte da "terra do Neiva". Nas de 1258, é referida como "couto por padróes", acabando por receber o topónimo "pedra do couto". As origens deste coutamento deverão remontar aos primórdios da nacionalidade, pois é conhecida a "carta de doação" que Dª. Teresa Afonso, filha bastarda do nosso primeiro rei, passou à Ordem do Hospital. Esta Ordem detinha aqui, em 1220, nada menos do que 11 casais. Nas "inquirições" de 1290 este "couto de Santa Marta" era ainda dado aquela Ordem, aparecendo posteriormente nos séculos XVIII na posse da Ordem de Malta.
O topónimo "Forca Velha" é bem sugestivo da autoridade judicial do antigo couto. Na Quinta de Santa Marta, vestígio último daquela instituição medieval, existiu uma capela daquela invocação, cuja porta, em arco levemente apontado de aresta chanfrada, encontra-se montada e à guarda do Museu Municipal de Barcelos. Para além do pórtico, fazem parte do conjunto quinhentista duas pedras com outras tantas cruzes de Malta e uma pia de água benta oitavada (Brochado de Almeida). Segundo Teotónio da Fonseca, junto ao templete estaria uma porta de serventia da Quinta, com inscrição datada de 1562 (demolida em 1908).
MONUMENTOS DE ARCOZELO
Antiga Igreja Paroquial: É de arquitectura e proporções singelas, templo datado de inícios da centúria de setecentos, com reconstrução e ampliação em 1884. Pela pequenez do templo e o aumento demográfico foi construída uma nova Igreja, actual paroquial, dedicada a São José.
Casa da Quinta da Igreja: Em meados deste século, Teotónio da Fonseca registava nesta freguesia as capelas de São José, na Casa da Quinta da Igreja (das irmãs Franciscanas de Maria ) e de São Rafael, nas casas que serviam de Hospital da mesma Ordem. No "Campo da Senhora do O" (posteriormente designado "Campo da Liberdade") existiu um outro templo, daquela invocação.
Casas solarengas: Merecem menção as da Igreja, de Santa Marta, da Touguinha, do Beijão e de Santo António .
Fonte de Grilo: Esta curiosa designação é explicada por uma inscrição oitocentista ali patente: "PERTENCE. D. ROSA. C. VIEIRA. ESTA. AGVA. QUE. FOI. TIRADA. PELLO. CAPP. mJOÂO. JOSE. GRILLO. NO. ANNO. D. 1818".
Cruzeiro Paroquial: Datado de 1690, ergue-se junto ao Cemitério. Conhecido popularmente por" Alminhas da Calçada" é um outro cruzeiro, com a imagem de Cristo pintada e protegido por alpendre. No lugar do Calvário erguem-se três cruzes, sendo a central mais alta e contendo uma inscrição. Datadas de 1957,estão,com o nicho em cimento e em forma de capela.